tag:blogger.com,1999:blog-20849213536793627372024-02-19T09:02:29.603-08:00Wellington RexWellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-36941535929276829942011-10-20T08:48:00.000-07:002011-10-20T08:59:35.976-07:00LIBERTAÇÃO<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrvjhJQ1Zj8BBdgt4aHCM0lecJNDizbNRLLL71vpyOWUETVrQdskmcmFc14hYAhgdqVby51Vif3hKwQt0_RPoz-wI_ocv-Kv_YisOpTEB7fVRhU43FEjYM3errKz-RaIZu7tqYMFQpA1hf/s1600/old-tv-set.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 314px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjrvjhJQ1Zj8BBdgt4aHCM0lecJNDizbNRLLL71vpyOWUETVrQdskmcmFc14hYAhgdqVby51Vif3hKwQt0_RPoz-wI_ocv-Kv_YisOpTEB7fVRhU43FEjYM3errKz-RaIZu7tqYMFQpA1hf/s320/old-tv-set.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5665602073737704818" /></a><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><div>O que notei, no primeiro dia, foi o silêncio profundo e um tanto constrangedor, mas não era uma total ausência de sons. Na parede, o relógio avançava o tempo com tique-taques que me pareceram exageradamente nítidos e, em algum lugar, um som cavo e ululante me inquietou. Não demorei a perceber que era o vento do findo inverno resistindo em ceder seu lugar à primavera – aqui em Salvador as estações se confundem entre definições singulares de chuva, vento e sol. Andei a esmo entre a sala e a cozinha, tentando me situar naquele novo ambiente fluido, onde os ruídos se propagavam com um colorido diferente.</div><div><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing">Por fim me decidi por preparar algo para comer. Iniciei o dejejum sentindo uma estranha sensação de ausência e uma ansiedade crescente que perduraria pelo resto do dia. Subi ao quarto e, após conflituosos minutos de embate interior, me virei para ela e quase cedi a seu apelo mudo. Ela me olhava fria e impassível, todavia promessas brotavam de suas faculdades físicas; apelos ávidos misturados a uma indiferença quase que cerimonial.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing">Virei-me para a cama e, ao lado, uma pilha de livros jazia amontoada – livros que eu comprara e prometera ler: Dickens, ainda pela metade, Kipling que eu nem sequer tirara do plástico filme, Victor Hugo comprado em um sebo e Charles Kingsley com o seu <i>The Water-Babies</i>, que iria exigir do meu inglês contemporâneo e de minha visão presbiópica um esforço suicida.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing">Sentei-me e enfrentei novamente a silhueta dela, delineada contra a luz do dia. Sabia que já desperdiçara tempo demais nestes últimos meses tentando conviver com sua presença sedutora; seus joguinhos fúteis sempre acabavam por dobrar minha vontade e, depois de ceder, só me restava a frustração.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing">Fora difícil me desligar de sua entorpecedora influência, que mais lembrava uma dependência química. Hoje compreendo como os privados de opiáceos se sentem ao ficar sem o uso da droga, pois no início, a vontade de correr para ela e me deixar levar pelos seus sussurros e imagens era quase incontrolável. Por vezes me vi aos seus pés, de joelhos, mãos suarentas, um nó a subir e descer na garganta, como um êmbolo movido a ansiedade, tentando formular palavras que justificassem minha desistência, mas eu resisti e a mantive desconectada de minha vida. Deitei na cama e abri Dickens.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing">Hoje faz trinta dias que não ligo mais a televisão. <o:p></o:p></p></div>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-47194776947090554972011-09-24T04:50:00.001-07:002011-09-24T05:01:48.165-07:00O CASO TUSKEGEE<p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"; color:black;mso-themecolor:text1;background:white"></span></span></p><span><span><span class="Apple-style-span">Recentemente o governo americano reconheceu ser responsável, na década de 1940, pela morte de 83 guatemaltecos durante experimentos médicos, nos quais cerca de 1300 pacientes foram infectados com doenças sexualmente transmissíveis, tais como gonorreia e sífilis. Os voluntários; como quase sempre acontece nesse tipo de experiência; não sabiam dos riscos envolvidos. </span></span></span><div><span><span><span class="Apple-style-span">Isto me fez lembrar um email que enviei para uma grande amiga minha em 2009 no qual eu dissertava sobre assunto semelhante, o qual vou reproduzir uma parte agora: </span></span></span><div><span><span><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">“O CASO TUSKEGEE </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">De 1932 a 1972 o Serviço de Saúde Pública dos Estados Unidos da América realizou uma pesquisa, envolvendo 600 homens negros, sendo 399 com sífilis e 201 sem a doença, no estado do Alabama. Este estudo ficou conhecido como Caso Tuskegee. O objetivo do Estudo Tuskegee, nome do centro de saúde onde foi realizado, era observar a evolução da doença, livre de tratamento. Não fora dito aos pacientes que eles tinham a doença nem sobre os seus efeitos (Apenas disseram que eles tinham algo chamado “Sangue Ruim”). Os voluntários, além de terem o real diagnóstico e prognóstico de evolução da doença omitidos, também foram excluídos de atendimento na rede americana de hospitais, pois havia uma lista com seus nomes e a proibição expressa de que estes fossem submetidos a qualquer tipo de tratamento.” </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span"><br /></span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">Bem, experimentos médicos e científicos heterodoxos não são novidades na história recente da humanidade, basta lembrar que, durante este mesmo período, os nazistas submeteram ciganos e judeus a práticas semelhantes. </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">O que me passou despercebido, à época que escrevi o referido email, mas que agora me salta aos olhos é a similaridade com uma situação que acontece aqui no meu quintal. </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">A Bahia está enfrentando, há quase 3 anos, surtos crescentes de meningite. Do início do ano até este presente momento, cerca de 76 casos foram notificados, de onde podemos estimar que os episódios não notificados ou não diagnosticados devem elevar este número à casa das centenas. </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">A atitude do governo estadual em negar veementemente a consolidação de uma epidemia, e a recusa em vacinar preventivamente a população me faz lembrar o famigerado Tuskegee. </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">Será que estamos sendo submetidos a algum tipo de experimento? </span></span></span></div><div><span><span><span class="Apple-style-span">Para os amantes da Teoria da Conspiração estou pensando em um nome para dar a este experimento - talvez, Caso Tupiniquim. Mas como tenho uma imaginação muito fértil, pode ser que na verdade não seja um Caso e sim um (Des)caso.</span></span></span><p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"; color:black;mso-themecolor:text1;background:white"> </span></span><span style="background:white"><o:p></o:p></span></p></div></div>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-74473455681414937502011-04-18T15:15:00.000-07:002011-04-28T15:38:24.644-07:00DIGO NÃO À DEMOCRACIA BRASILEIRA<p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Digo não à Democracia Brasileira!<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">O Brasil é o país do faz-de-conta. De vez em quando alguma notoriedade nacional lança uma nova expressão ou uma ideia e ela passa a valer como verdade. Já escutamos que o Brasil era o país do futuro, que o petróleo era nosso (esta retornou agora com o pré-sal), que Deus era brasileiro (em detrimento dos habitantes de outras nações), que o país ficaria ingovernável sem a contribuição da CPMF e por aí vai.</p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Mas para mim a mais nociva de todas as ideias plantadas, é a de que vivemos em uma democracia.</p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify"><o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Não vivemos uma democracia, amargamos uma República de Privilégios, onde cada subgrupo da sociedade busca vantagens para si. Então temos leis protegendo o lucro dos bancos, a receita dos usineiros, a inimputabilidade dos parlamentares e governantes; as caixas pretas dos empreiteiros, dos dirigentes de futebol, etc.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Criam-se leis para tudo: Já que não vamos responsabilizar os mais jovens por sua falta de conduta e respeito, criemos uma lei para proteger os idosos. Aos heterossexuais intolerantes, nada de reeducação, instituamos uma lei contra a discriminação sexual. Temos leis específicas contra a discriminação racial, contra abuso de crianças e adolescentes, de crimes contra a mulher, menor infrator...<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Criamos castas de intocáveis, por promulgação. Para que serve esta teia de leis?<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Apenas para esconder o que está sob ela: o fracasso em se criar um Estado de Direitos e Obrigações que se constitui em um dos pilares da verdadeira Democracia.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Ao falhar intencionalmente em construir o outro pilar democrático, a educação gratuita e de qualidade, os detentores do poder pensam nos votos que vão conduzi-los aos gabinetes, mas na esteira de suas ascensões políticas, engendram um monstro acéfalo e faminto. Este monstro é a sociedade brasileira, que órfã, tenta se auto regulamentar, ou pior, se auto remendar em leis e mais leis para corrigir as imperfeições do sistema. Monstros possuem o péssimo hábito de crescer desmesuradamente e a falta de uma política de natalidade transformou esta nação num organismo invertebrado com milhões de bocas. Isto não é democracia – é teratologia.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Pagamos altíssimos impostos (já considerados como confisco), e não temos saúde, saneamento básico, segurança, transporte público, moradia digna. Não temos o direito de saber quanto, como e onde o dinheiro destes impostos é aplicado. O governante, que em tese, é um servidor do povo e a ele deve se curvar, age como se fosse um déspota, sentado em seu trono, apartado das questiúnculas de seus vassalos.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Não sou adepto de regimes ditatoriais, contudo não consigo dissociar o atual estado brasileiro da época dos anos negros quando os militares eram quem engatilhavam os fuzis. A diferença é que naquela época a sociedade era um organismo pensante, de contornos coerentes e que desejava evoluir para formas mais belas e harmoniosas.<o:p></o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNoSpacing" style="text-align:justify">Wellington Rex 18/04/2011<o:p></o:p></p>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-67178072219622071942011-04-13T18:11:00.000-07:002011-04-13T18:40:59.570-07:00A NOITE QUE AVANÇA.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXeVk5W_kVBJA5Jfw_flJcMucWv81HeHhgtwNTWcga5VzOk8JV3TfPvW4ItYFtTKQPy8FZtbWzRJJK-lXB_ucWGeNwLTeJfJDKPq2im0QmXRuV0arhrk-WyHDLWNid7w7QfT-i7jA6ZJNn/s1600/purposeinc-wolf.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 214px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXeVk5W_kVBJA5Jfw_flJcMucWv81HeHhgtwNTWcga5VzOk8JV3TfPvW4ItYFtTKQPy8FZtbWzRJJK-lXB_ucWGeNwLTeJfJDKPq2im0QmXRuV0arhrk-WyHDLWNid7w7QfT-i7jA6ZJNn/s320/purposeinc-wolf.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5595244573761060306" /></a><br /><span class="Apple-style-span"><b><br /></b></span><div><span class="Apple-style-span"><b><br /></b></span></div><div><span class="Apple-style-span"><b><span class="Apple-style-span">Escrevi este poema para você que tenta descobrir uma forma de sobreviver no meio dos lobos. Você não está sozinho...</span><br /></b></span><div><span class="Apple-style-span"><b><br /></b></span></div><div><p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNoSpacing"><span class="Apple-style-span"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNoSpacing"><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">A Noite Que Avança.<o:p></o:p></span></b></p><b> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Aspiro a noite negra que envolve os corações impuros,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">O negror invade ramos, enchumaça alvéolos, destroça crânios.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Mas é tarde na contagem dos anos e a palavra que redime<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Jaz muda, incompreensível, inconciliável com os minutos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">A voz interrompida, seccionada enquanto crua,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Jamais provará da sua própria dor e,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">embora rogue, nunca se erguerá em protesto, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">pois suas raízes estão plantadas em solo movediço.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family:"Arial","sans-serif"">Wellington Rex – 13/04/2011.<o:p></o:p></span></p></b><p></p></div></div>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-67668061565104615242010-12-30T15:19:00.000-08:002010-12-30T15:26:36.521-08:00O HOMO HYPOCRISIS<p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">Fim de ano é uma época em que o espírito humano está insuflado de abnegação, amor, compaixão e outros tantos adjetivos elevados. Nesta época paira no consciente coletivo a esperança de que conseguiremos voltar a ser, mesmo que por alguns dias, os pretensos seres puros e livres de pecado – atributos perdidos após nossa queda moral em tempos já esquecidos.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">Em momentos natalinos como estes, discorrer sobre nossa real natureza seria estranho e, para muitos, até inapropriado, mas a nossa realidade é muito mais prosaica do que as expressadas nos votos de “boas festas e feliz ano novo!”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">Egoísmo, avareza, inveja e ódio gratuito são o nosso lugar comum e a ocasional mudança de comportamento, por si só já é algo burlesco, como um chimpanzé vestindo terno. Não somos seres virtuosos; a maior parte da humanidade é má, mas esconde isto sob uma máscara de civilidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">No início deste mês assisti uma reportagem no canal da National Geographic sobre as relações entre os cães selvagens das Savanas Africanas. Estes animais se agrupam em matilhas com territórios delimitados e quando estes grupos inadvertidamente entram em territórios de outros, os confrontos são inevitáveis. Nesta reportagem, passada na reserva do Serengeti, mais de dez cães cercaram um animal de uma matilha rival e começaram a mordê-lo e ataca-lo. Quando o invasor parecia subjugado, os cães surpreendentemente deixaram-no partir. O animal foi embora ferido, mas nada que umas lambidas não resolvessem, pois o objetivo dos rivais era apenas defender seu território de caça.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="font-size:14.0pt;line-height:115%">Na mesma semana assisti na TV aberta uma reportagem sobre o assassinato de um torcedor de futebol. Aproximadamente dez pessoas atacaram um torcedor de outro time e, mesmo após o rapaz jazer inconsciente no asfalto, cadeiradas e chutes foram desferidos contra sua cabeça. Fiquei pensando naqueles criminosos desejando feliz natal e feliz ano novo a seus parentes e amigos. Pensei nas máscaras de hipocrisia que emolduram suas faces e vi que estas faces se multiplicam aos bilhões.<o:p></o:p></span></p>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-71562266758080087102010-10-20T16:12:00.000-07:002010-10-23T15:25:42.443-07:00Navalha Nacional<p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Agora há pouco escutei o Senador da República, José Sarney, tentar justificar a ausência de parlamentares no congresso nacional (nos últimos 2 meses houve apenas 6 sessões).<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Argumentava o parlamentar, com um sorriso indisfarçável, que era justificada a debandada dos parlamentares, porquanto estavam estes em suas bases eleitorais.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Não conheço todos os atributos que a constituição confere aos parlamentares, mas posso afirmar que tratar de assuntos eleitorais em detrimento de matérias de interesse da população não figura entre estas prerrogativas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Hoje o país gasta uma fortuna para cada cabeça de parlamentar em Brasília, enquanto os órfãos da democracia morrem de fome, definham nas filas dos hospitais, são abatidos por balas perdidas, morrem de ignorância.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Este ano a Revolução Francesa completou 221 anos e se Maximilien de Robespierre fosse vivo, em seus discursos tonitruantes, diria que estas cabeças valeriam mais num cesto do que sobre os corpos onde elas ora se assentam.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Robespierre e seu grupo instituíram a chamada Navalha Nacional, mais conhecida pelo nome de guilhotina, na qual os inimigos do povo e da revolução eram “afastados” da vida pública.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Hoje os tempos são outros e a guilhotina foi substituída por um método menos sangrento. A nossa Navalha Nacional é a Urna Eletrônica, mas me parece que a sua lâmina está cega e imagino que era justamente por isso que o Senador Sarney estava sorrindo quando concedeu a entrevista.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="PT-BR" style="mso-ansi-language:PT-BR">Wellington Rex<o:p></o:p></span></p> <span lang="PT-BR" style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman"; mso-fareast-font-family:"Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language: EN-US;mso-bidi-language:AR-SA">Salvador 20 de outubro de 2010.</span>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2084921353679362737.post-72094376943234519922010-04-16T14:34:00.000-07:002010-04-16T14:51:58.803-07:00Quem Sou<div style="text-align: left;">Quero inaugurar este blog com um poema meu falando quem sou e o que pretendo. Será isso possível em apenas uma postagem? Bem, vejamos...</div><div style="text-align: left;"><br /></div><div><div style="text-align: left;">Há pessoas que vivem a dura realidade da vigília, há aqueles que se aquartelam nas faldas do sono e existem os que freqüentam as regiões fronteiriças entre o sonho e o mundo acordado. </div><div style="text-align: left;">Eu sou habitante destas regiões. Transito entre o sono e a vigília, bebendo dos dois mananciais. </div><div style="text-align: left;">Acordado sou fato, adormecido sou mito - não me comprazo em ser nem um nem o outro, </div><div style="text-align: left;">quero a onisciência de estar meio desperto, ou meio adormecido, desta forma sou passado, </div><div style="text-align: left;">presente e futuro. Nas solitárias regiões limiares, colho os frutos amargos da compreensão de mim mesmo, mas cresço além das esferas de ambos os mundos, evoluo. </div><div style="text-align: left;">Embora não esteja lá nem cá, cada segundo é um novo despertar.</div></div>Wellington Rexhttp://www.blogger.com/profile/06739525147908133573noreply@blogger.com0